terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Celebridades, Artistas e Roqueiros

Pois é, ladies and gentlemen, eu estava lá no Maraca, neste sábado histórico, vendo o show dos velhinhos e corrigindo uma injustiça histórica: tinha apenas sete anos no primeiro show dos caras no Brasil, então...não fui, né?

Tudo bem, eu tava na fase "Arca de Noé" nessa época, então não fiquei chateado. Anos depois é que bateu aquela nostalgia violenta de "não-ter-estado-nos-lugares", simplesmente por "ter-nascido-na-década-errada". Pois é: o Circo Voador no Arpoador e no Morro da Urca, o Rock in Rio, a Fluminense FM, não curti nada disso ao vivo, mas apenas retrospectivamente.

Depois escrevo sobre o show, e sobre os problemas - sérios - de organização. Mas queria compartilhar com vocês um pequeno mas valioso detalhe.

Eu não faço a menor idéia de como foi o show no camarote da Brahma - digo, área vip da Sol - mas parece que estavam por lá a Miss Aécio, a Cicarelli, o Santoro e a Ellen...além de vários paparazzo credenciados - o que deveria ser uma contradição em termos, mas como este é um país peculiar...Parece até o Luciano Huck, coitado, se estranhou com uma fotógrafa. Imaginem, ele queria ver o show!!

Bem, maiores detalhes sobre o camarote da Brahma na próxima edição da Caras, ou no programa do Pânico.

Eu estava lá no gramado, com minha esposa. Rolou um pequeno empurra-empurra na entrada, mas nada muito fora do normal - graças exclusivamente ao bom humor e educação do público. O som estava sensacional - sério, nunca vi nada igual num show desse tamanho. Ao nosso lado, de camiseta preta rock´n roll e boné, os ainda-mais-belos-ao-vivo Júlia Lemmertz e Alexandre Borges. Apesar de estar escondida debaixo do boné e de absolutamente zero maquiagem, Júlia é maravilhosa e pronto. E o Alexandre, à caráter, com uma camiseta onde se lia "Elvis the Pelvis! Live in Memphis".

O carioca, seja por soberba, seja por educação, se relaciona de uma forma extremamente "casual" com seus artistas. Ninguém fica perturbando a Camila Pitanga correndo na praia, por exemplo - apenas aquele olhar de cobiça, básico, que qualquer morena anônima igualmente fabulosa receberia. Então, imediatamente estabeleceu-se uma certa cumplicidade naquele quadrante do gramado, sem assédios babacas, e todos curtimos o show.

(Para falar a verdade, houve uma moça que chegou neles com o seguinte comentário: "Uéé, mas eu não sabia que vocês estavam namorando!!!!")

Na hora da saída, mais empurra-empurra. Lá fora, entre os ambulantes que vendiam água e refris, vejo novamente, no canto do olho, Júlia e Alexandre, completamente cansados, suados e felizes, tirando foto com uma das tias vendedoras. A senhora fala algo do tipo, "Puxa, obrigado viu, desculpa..." e o Alexandre Borges pisca o olho, sorri charmoso como lhe é peculiar e responde "Que é isso, o prazer é meu."

Há algumas lições que podem ser aprendidas aqui, padawan gafanhoto.

(i) existem Celebridades, e existem Artistas. E existem Roqueiros!
(ii) se você quer ver o show, não vá no Camarote da Brahma. Vá no Gramado, ou desfile na Sapucaí. Você se espremerá junto com o povão - bem, com o ingresso a 190 reais, não era tãão povão assim -, mas isso é parte importante do processo!
(iii) gentileza gera gentileza, simpatia é quase amor, e elegância realmente não se compra.

Axé!

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